sábado, 27 de dezembro de 2008

DEPRESSÃO

Na sequência do post anterior, enviaram-me este texto que, não posso deixar de publicar. O mundo tem muitas pessoas e é bom conhecer o que os outros pensam. Vivendo e aprendendo!

DEPRESSÃO

Estado de humor melancólico e pessimista. Uma sensação de vazio que todo neurótico sente ( todo dependente químico é um neurótico ). Comummente chamado de vazio existencial. Sensação de amargura, frustração, ressentimento, incerteza, saturação, rotina.
A depressão é um grau maior ou menor, a companheira quotidiana de milhões de criaturas.
A depressão é uma doença progressiva se não for tratada.

CONFLITO
O conflito característico do depressivo reside entre as grandes expectativas internas quanto à acolhida cordial e a simultânea desvalorização desta.
O depressivo está sempre tentando manter-se à disposição dos outros, servindo-os e, atendendo-os, porque ele mesmo gostaria de ser servido e atendido. Reprime seus desejos e vontades, desprezando-os, mas com isso acumula ressentimentos e desgostos, sem porém, manifestá-los, para não perder a simpatia e o reconhecimento dos outros. O depressivo se defende reprimindo seus sentimentos, suas próprias fantasias agressivas e impulsos de libertação.

Uma renomada psicóloga diz " A depressão é o luto da alma. Origina-se no senso de culpa decorrente do reconhecimento da própria hostilidade inconsciente e das fantasias agressivas contra os demais, principalmente contra aqueles que amamos. Desencadeia-se, também, como reacção ante uma perda real ou imaginária de algo afectivamente importante, que para nós representa amor ou segurança..."

Por ser progressiva, o depressivo vai a cada nova crise aumentando seu grau de suportação e, por consequência gastando mais energia para vencê-la.

DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DEPRESSIVO
Nos sentimos magoados por alguma pessoa ou circunstância que nos contraria; sentimos uma sensação de perda e esse sentimento é quase sempre fruto das nossas expectativas e exigências neuróticas. Queríamos que a pessoa que nos magoou reagisse de tal ou qual maneira e quando isso não ocorre, nos sentimos frustrados; da mesma maneira, reagimos em relação às circunstâncias, como chuva, condução, trânsito, morte, etc.

Alimentamos sentimentos de raiva, mágoa, auto piedade, culpando aqueles que nos insultaram, ou as circunstâncias que nos contrariaram. Quando percebemos que não podemos modificar as pessoas e as circunstâncias (muitas vezes), a mágoa inicial que sentimos e que direccionamos para um alvo externo, volta-se contra nós mesmos.

RAIVA CONGELADA - gerando SENTIMENTO DE CULPA/AUTO PIEDADE.
Passamos então a nos sentir culpados por ter sentido raiva. Culpados, também por não sermos capazes de atingir as metas que idealizamos. Em geral, alimentamos o processo depressivo através de racionalizações e justificações; somos as vítimas em alguns momentos e, em outros, culpados. Nosso egoísmo gera exigências. Sentimos medo de não atingir nossos alvos.

Quando isso acontece, ficamos magoados e frustrados, alimentamos pensamentos de auto comiseração (veja como a vida é madrasta, nunca acerto nada!). A depressão, chamada por Grover B. ( um membro de Alcoólicos Anónimos, que fundou em 1964 os Neuróticos Anónimos) de "RAIVA CONGELADA", tem como causa principal o nosso egoísmo, que faz com que nos sintamos frustrados quando não conseguimos impor a nossa vontade ou quando as coisas não acontecem segundo nossos desejos.

Assim, a depressão é um sintoma da doença mental e emocional. Sabemos que a causa única da nossa doença é o egoísmo e a nossa incapacidade de amar. Sendo pessoas emocionalmente frias e calculistas, tentamos impor a nossa vontade e, quando não conseguimos, ficamos frustrados. Assim, o egoísmo gera a frustração, que gera a raiva, que por sua vez nos leva a depressão. Somente as pessoas mental e emocionalmente doentes, e portanto, egoístas sofrem de depressão paralisante.

Nem todo desejo pode ser realizado e, quando as coisas não acontecem segundo a nossa vontade, temos que aceitar esse desfecho com naturalidade. Na verdade, estamos sempre lutando para ver os nossos desejos realizados e, quando não obtemos êxito, em vez de aceitarmos o fato com serenidade, ficamos profundamente frustrados. Com o passar dos anos, nossas frustrações vão se avolumando e acabam se transformando em estados depressivos.

Nosso principal defeito é que buscamos prestígio, segurança e poder e, quando não conseguimos obter essas coisas de acordo com nossos sonhos, nos sentimos derrotados. A derrota gera frustração e, em seguida, vem a depressão. Dizem que todo neurótico é um idealista falido porque tem sonhos perfeccionistas que dificilmente acabam se concretizando. E, ver nossos desejos frustrados (como somos egoístas), significa uma verdadeira tragédia para nós, um sofrimento quase insuportável. Muitos de nós tínhamos a sensação de que nossas próprias vidas estavam se desintegrando diante das frustrações.

Nos sentíamos injustiçados, feridos, ressentidos, e esses sentimentos se transformavam em raiva. A raiva ia se acumulando, se acumulando e se transformava em depressão. É possível que a depressão seja um dos sofrimentos mais intensos que possa atingir o ser humano. Com a depressão nos tornamos lamuriosos, e perdemos completamente o "senso de humor". Nos tornamos um muro de lamentações e nossa depressão pode chegar a um nível tal que podemos até mesmo ficar ressentidos com a alegria das pessoas que nos rodeiam.

Sendo extremamente egocêntricos queremos contaminar a todos com nossa depressão. Já que estamos deprimidos, o mundo inteiro deveria estar deprimido também, como se nossos sentimentos alheios. Podemos também, "chorar à toa" e nos tornarmos hostis até mesmo com a solicitude dos amigos, isso acontece porque no fundo, bem no fundo, nos sentimos indignos da atenção ou do carinho das pessoas. A depressão é um pântano traiçoeiro e é muito fácil escorregar nele.

Nós, neuróticos, temos um estranho talento, uma estranha capacidade de fazermos tempestade em copo de água para transformar um pequeno incidente num universo de tristezas e lamentações e, em seguida, cairmos em depressão. É como se lavássemos às costas num baú cheio de mágoas, ressentimentos, lembranças amargas, rejeições. Acontece um contratempo qualquer e pronto, era a oportunidade que estávamos (inconscientemente) esperando para cairmos no pântano da auto piedade.

Abrimos nosso baú de recordações e alimentamos, um a um, todos os velhos contratempos e contrariedades de vinte, trinta, quarenta anos atrás. E, em seguida, caímos em depressão. A explicação única para esse fato é que, sendo extremamente egocêntricos, estamos completamente absorvidos em nós mesmos, interessados no "eu", "eu", "eu". E não é fácil conviver com uma pessoa assim. Essa auto piedade costuma se manifestar especialmente no Natal, Ano Novo, dia do aniversário e outras datas.

Como neuróticos, temos uma antiga inclinação para nos concentrarmos na tristeza, na nostalgia ou para fazermos ladainhas por quem já partiu, por quem não correspondeu ao nosso amor por quem já não se lembra de nós. não percebemos, nem ficamos alegres e agradecidos pela saúde que temos, pelos entes queridos que estão à nossa volta. Só focalizamos a nossa atenção nos aspectos tristes de nossa vida.

Com a depressão nosso comportamento pode tornar-se irregular. Podemos ficar com uma aparência física descuidada, sofrer alterações no sono (dormir demais ou ter insónia), falta de tranquilidade onde quer que estejamos (mesmo em nossas casas), alterações no apetite (comer demais ou perder o apetite), alterações nos impulsos sexuais (busca desesperada de sexo para preencher o vazio ou total desinteresse). Podemos ainda, utilizar drogas receitadas ou não, nos fechamos no silêncio ou começamos a falar de forma descontrolada, geralmente criticando tudo ou lamentando de tudo. (…)

Texto retirado da Internet. Autor desconhecido

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O que se passa??

No outro dia estive a falar com uma pessoa sobre a causa da "infelicidade" e "depressão" nas sociedades ditas "desenvolvidas".
É um facto que muita gente vive infeliz; sofre de depressões; insónias; doenças de "nervos" crónicas e por aí além. Taxas de suicídio/tentativa nos adolescentes elevadíssimas. Muitas pessoas vivem "encharcadas" em anti-depressivos.

Vivemos na era "Xanax", "Prozac" e Cª. Não é isto que me deixa admirado; o que me deixa perplexo é que, há pouco mais de vinte anos atrás, quase que não se ouvia falar destas "doenças".

O que mudou tanto nas sociedades modernas?
Uns dirão que foi culpa do Sadam Hussein, do Bin Laden, do petróleo, da chuva, do vento; outros dirão que há uma enorme crise de valores, afastamento de Deus/da religião, crise económica, etc.

Tudo isto poderá ter influenciado, é possível.
Para mim, a verdadeira razão é: excesso de conhecimento. Sabemos e conhecemos de mais!
É a mais pura verdade.

Vejamos: para nós, o mundo não tem limites ou fronteiras; é quase ilimitado. Todos os dias somos bombardeados com coisas novas- coisas que queremos possuir, conhecer, visitar. Há sempre algo maior, melhor do que aquilo que temos; o nosso vizinho tem sempre coisas melhores que as nossas, etc...

Como seres insatisfeitos que somos e num "mundo" ilimitado, vivemos diariamente a "ver" o que não temos; vivemos a desejar ter ou fazer algo que, na prática, não está ao nosso alcance. Ninguém nos preparou para isso. Como podemos aceitar não fazer umas férias nas Maldivas se o vizinho já lá foi cinco vezes??

A nossa "infelicidade" e "depressão" resulta da nossa frustração. Resulta da consciência daquilo que não temos. Se virmos uma tribo isolada, verificamos que são muito felizes e muito sorridentes- em África, Tibete, Amazonia...

Para estas tribos, o mundo é uma porção de terra que conhecem em seu redor; não sabem o que é ir de férias para as Maldivas, não sabem o que é um iate, jacto privado, hotel de sete estrelas, caviar, etc... Basta-lhes terem alguma comida, não estarem doentes e terem outros das sua espécie para os ajudar.

Acreditam a gora que o problema da nossa sociedade é excesso de conhecimento?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O SUCESSO

Ao deixar um comentário num blogue, falei em sucesso; depois fiquei a pensar...

O que é realmente o sucesso? Como se qualifica? Como se alcança? etc...
Creio que o sucesso é subjectivo.

Há o sucesso que nós vemos em nós e o sucesso que os outros nos atribuem.
Cada pessoa terá o seu ideal de sucesso.

O "nosso" sucesso pode ser: ter uma boa carreira profissional; ter um bom "lar"; ter filhos; fazer actos "heróicos"; ser famoso; ser um bom profissional, etc... O nosso "sucesso" é a forma como nós nos vemos.

O sucesso que nos atribuem pode ser bastante diferente; os outros poderão atribuir-nos sucesso por uma razão que não valorizamos, por um acto ou actos que achamos normais e vulgares.
Poderão até achar que temos sucesso porque comprámos um carro ou uma casa cara- desconhecendo essas pessoas das nossas dificuldades para o/a adquirir (Exemplo).Podemos não achar que temos sucesso mas passarmos essa imagem para os outros.
O verdadeiro sucesso será quando nos valorizamos e quando os outros também nos valorizam ou valorizam os nossos actos.

Seja como for, o sucesso não nasce connosco, não se compra e, regra geral, exige muito trabalho e dedicação para ser alcançado. Claro que, há momentos de SORTE e, podemos ser catapultados para o sucesso. Mas isso é outro assunto, ficará para outro post...

NATAL...


Sou do contra. Confesso!


Detesto fanatismos, detesto fazer o que "todos" fazem; não gosto de seguir as "massas". No Verão vou para a serra e no Inverno vou para a praia. Não gosto de vícios nem de estar "preso" a algo. Gosto de fazer o que quero e quando quero. Não faço porque os outros fazem. Em regra sou assim.


Quanto ao Natal, posso dizer que detesto esta época. A culpa não é do "Natal" nem do que ele representa. Respeito a tradição; acredita nele quem quer.

O que me faz detestar o período natalício é aquilo em que o transformaram. Um caos!

De repente, as pessoas lembram-se do A, do B, etc. que não contactaram durante o ano e enviam montes de sms e e-mails; ficam "generosas" e preocupadas com os "desfavorecidos"; afogam-se em dívidas para comprar "Action Man's", Playstation's e afins, etc.....

As ruas e estradas ficam entupidas de carros e as pessoas andam "loucas" às compras, acotovelando-se; nada mais existe... Seguem "cegamente" as "ordens" dos anúncios de televisão, revistas e afins.

Como portugueses que somos e mal organizados, deixamos as compras para os últimos dias. Com os nervos à flor da pele, briga-se com tudo e com todos, esquece-se o tal espírito natalício que tanto apregoam.

E tudo para quê? Para passar umas horas a comer à farta, desembrulhar as prendas e ir a correr porque já aí vem o Ano Novo!!

É minha convicção que a maior parte das pessoas não tem vontade própria e segue o que lhes é impingido. Vai na "onda". "Os outros fazem, também faço."

O ano tem 365 dias, dá para fazer muita coisa ao nosso ritmo, sabor e vontade.

O "NATAL" é todos os dias e a nossa vida e dos outros também!

Que bem q se está aqui.....

Foi obra!!! (as pirâmides)