sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

TU...



Do meio do nada me apareceste...
De mim, nada querias...
Carregada de certezas, caminhavas arrastando pelo chão os grilhões de um passado sofrido...
De mim, nada querias...
Tuas palavras estavam marcadas pelos vergões e cicatrizes do teu corpo...
Sabias tudo o que não querias....
Sabias tudo o que não gostavas...
O sabor a fel amargava-te na boca quando falavas do passado...
Tanta mágoa...
Tanta dor...
Tanta revolta...
De mim, nada querias...
Impotente, ouvia-te...
Ingénuo, acreditava que te ajudava ao ouvir-te desabafar...
De mim, nada querias...
Incrédulo, aceitei embarcar contigo rumo ao desconhecido...
De mim, nada querias...
Impotente, fui percebendo que os grilhões do teu passado continuavam a guiar o teu rumo...
Teimoso, insisti na viagem contigo...
O teu sorriso nunca me mostraste...
Infeliz, vi que nada de positivo tinha para te dar...
Tarde percebi que já viajava só...
Tarde vi que tinhas seguido outro caminho...
De mim, nada querias...
Saberás mesmo o que queres...
Saberei mesmo quem és...
De mim, nada quiseste...
InFELICIDADE é o teu nome.


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Que bem q se está aqui.....

Foi obra!!! (as pirâmides)