Como esses amestrados, domésticos e ruminantes, também nós seguimos uns atrás dos outros; para onde vai um, os outros seguem-no a correr.
Pode parecer uma afirmação descabida e sem sentido mas, (há sempre um mas) existe uma razão para que eu a tenha feito.
Olhando pela janela da vida, nos dias que correm, só se vêem “rebanhos” de ovelhas nas mais cosmopolitas cidades.
Seguimos religiosa e cegamente “regras/imposições” de outros, com algum ou nenhum sentido. Apenas seguimos- os outros também vão/fazem, pensaremos.
É Natal!!
Não interessa a razão, a origem ou qualquer outra coisa. É Natal e pronto. Loucura consumista desenfreada, cedendo a elaboradas campanhas de marketing… tudo se faz para ter o fútil em casa. Todos! Quem tem dinheiro e quem não lhe conhece a cor.
Um ano passado, por vezes, a planear e a desejar o “Natal”; um ano a sofrer para conseguir isto ou aquilo, um ano inteiro para, em poucos minutos, rasgar os papéis dos embrulhos e alimentar os caixotes do lixo e empanturrar o “bandulho”. Um ano inteiro para… nada!
As nossas “vidinhas” seguem depois iguais ou piores ao que eram antes. Durante todo o ano não falámos aos amigos, conhecidos e aos familiares mas, no Natal, temos que lhes enviar sms e e-mails todos coloridos…Enfim.
Nesta época, todas as conversas, notícias, blogues e etc retratam o “dito cujo”. É cansativo…
Sou do contra! Claro. (afinal nem o sou- também eu estou a falar no Natal!!!)
Vou até à praia ou dar um passeio de moto. O meu Natal é quando eu quiser. No Verão, quando todos forem para a praia, irei visitar os amigos e a família.
Recuso-me a seguir com o rebanho. Posso?
(imagem google)