Esta é uma ideia que terá passado pela cabeça de poucas pessoas e
deixará muitas aos saltos de tão irritadas que ficarão ao ouvi-la/lê-la.
O que se fala hoje
sobre Jesus Cristo foi aquilo que os seus seguidores/discípulos e sobretudo a Igreja Católica
foram afirmando e impondo ao longo dos tempos, uma vez que as autoridades romanas não
deram muita importância à sua existência e os historiadores da época também
não.
Os quatro
evangelhos (S. Mateus; S. Marcos; S. Lucas e S. João) são a principal fonte de
informação sobre Jesus Cristo e foram escritos entre 40 e 100 anos após a sua morte.
Mateus e João foram os únicos escritores da Bíblia que eram membros dos alegados 12
Discípulos e os únicos que poderiam estar presentes nos acontecimentos que
descreveram. Originalmente os evangelhos circularam anonimamente, não existindo
nomes a eles associados até ao ano 200 d.c. e terá sido um (vários) teólogo Cristão que
teve a ideia de criar o Novo Testamento, altura em que os evangelhos foram nomeados e lhes foram acrescentados
vários versos, nomeadamente sobre a alegada Ressurreição de Jesus Cristo.
Com este desfasamento
temporal, muitos dados/factos foram levados pelo tempo e distorcidos pela sua passagem
verbal, havendo necessidade de os reinventar e/ou embelezar de forma a dar maior
força a Jesus Cristo e ao Novo Testamento (é muito importante conhecer o Antigo Testamento para poder entender o Novo e fazer certas associações).
Sobre o
nascimento, vida e morte de Jesus Cristo, muita coisa foi adaptada de mitos e
tradições antigas, inclusive de outras religiões, por forma a enaltecer a sua
figura, cimentar a religião e a atrair novos seguidores.
Assim, sobre o
seu nascimento e fugindo à “tradição” Cristã, acredito que tenha
nascido numa família pobre da Palestina, como qualquer outra criança da época,
zona onde terá passado os primeiros anos de vida. Terá depois seguido para
Oriente, concretamente a Índia, onde poderá ter contactado com o Budismo. Para reforçar esta
ideia, está ao facto de no século XIX, Nicolas Notovich ter descoberto no Tibete
antigos escritos budistas que falam de uma criança chamada “Issa”, nascida no
século I, numa família pobre de Israel e que foi para a Índia com catorze anos,
onde aprendeu Budismo, antes de regressar à Palestina com vinte e nove anos. O que a Igreja conta sobre Jesus encaixa no perfil da figura “Issa”.
Não faz qualquer
sentido a história dos Reis magos terem seguido a estrela que indicava o
nascimento de Jesus (o salvador), como não faz sentido a sua concepção "Divina". Os Reis magos e as
suas oferendas estão carregados de simbolismo e revelam ter sido mais uma forma
de enaltecer Jesus Cristo (ou da Nazaré) e reforçar a ideia de que é o "Messias" e o filho de Deus. Verifica-se
que foram aproveitados textos, acontecimentos e lendas antigas (alguns remontam ao tempo dos Sumérios) e "montados" como
se de um puzzle se tratasse para sustentar as novas ideias (entenda-se Religião).
Por falar em simbolismo, também os doze apóstolos
são simbólicos, na medida em que é o número que representa no Antigo Testamento as doze tribos de
Israel, os filhos de Jacó, neto de Abraão- Patriarca Hebreu.
A concepção Divina de Jesus não foi de igual modo uma ideia nova, uma vez que no Budismo, quinhentos anos antes do
nascimento de Jesus Cristo, já a lenda conta que Buda também teve esse tipo de
concepção.
Esta é a primeira ligação
que faço entre Jesus Cristo e o Budismo, outras farei, não por
capricho mas por fazerem todo o sentido, existindo factos históricos que saltam à vista e ao senso comum (daqueles que querem ver e entender).
Foi no final da
sua vida que Jesus Cristo ter-se-á destacado por entre as multidões, pregando a sua fé,
curando, fazendo milagres, espalhando as suas novas ideias de fé e esperança.
Hábil no uso da palavra e pregando para povos famintos e oprimidos pelos romanos, conseguiu
destacar-se de outros pregadores da época.
Os ensinamentos e ideias de Jesus apresentam muitas semelhanças com a Filosofia Budista (Paz, Harmonia, etc). A serenidade das palavras de Jesus, as ideias distantes (antagónicas) da fé Judaica e a capacidade de curar os
enfermos (milagres) poderá revelar a tal formação budista que teve, assim como
possíveis contactos com a medicina ayurvédica, praticada na Índia há milhares
de anos (que consiste na cura pelo contacto com as mãos e nos cuidados com o corpo, nomeadamente a alimentação). Estou a partir do princípio que há alguma verdade nos relatos que falam da "cura" de enfermos, não querendo, de momento, acreditar que também isso foi invenção de alguém.
Indico mais uma possível ligação ao Budismo, onde a lenda também relata que Buda terá caminhado sobre as águas e alimentado centenas de discípulos apenas com pedaços de comida (o Milagre da multiplicação).
Diz a "história" (entenda-se Novo testamento) que Jesus Cristo foi condenado à morte pelos Romanos, por crucificação. Este era o castigo aplicado na época por crimes de traição e a
escravos. Jesus terá sucumbido ao fim de três a seis horas na cruz, relatando-se que enquanto lá esteve, ter-lhe-ão levado à boca uma esponja embebida com vinagre e, momentos
depois, sucumbiu. Também se diz que Pôncio Pilatos terá desconfiado da rapidez da sua morte mas foi sossegado pelo
Centurião, Centurião este que era o mesmo que antes alegadamente dissera “Verdadeiramente, este homem era
filho de Deus”, denotando-se aqui, pelo menos, simpatia para com Jesus Cristo.
Retirado da cruz,
o corpo terá sido levado para o túmulo privado de José de Aritmeia. Este senhor e um outro chamado Nicodemo terão cuidado do corpo, levando para o túmulo uma mistura de mirra e aloés. Sabemos perfeitamente que estas são ervas medicinais e não de embalsamamento, como seria de supor usar para a preparação de
um morto, havendo claro indício que jesus foi retirado da cruz ainda VIVO.
Segundo o Novo Testamento, três dias depois, Jesus terá regressado à vida - Milagre da RESSURREIÇÃO. História "nublada" e mal contada, sendo na RESSURREIÇÃO que assenta fundamentalmente a fé Cristã e o que a faz divergir
da religião Judaica e Muçulmana, que ainda esperam o "Salvador".
A meu ver, e partindo do princípio que Jesus Cristo foi crucificado e regressou à vida, terá
havido uma espécie de “conluio” entre o tal Centurião romano (há quem afirme que Jesus era filho de um romano- mas isto fica para outro texto e altura), José de Aritmeia e outros simpatizantes/familiares. Jesus terá
recebido através da esponja uma qualquer substância (droga) que fez com que a
sua respiração deixasse de se notar, (ou terá entrado em coma devido à dor), tendo
sido levado ainda vivo para o túmulo, onde foi tratado. Passado o efeito da droga e/ou
do coma e ao ser tratado com as ervas medicinais, terá acordado (regressado à vida). É uma possibilidade, mera opinião pessoal.
Ao estar vivo e
sendo um homem condenado pelos romanos, não podia continuar ali, pelo que teve
que procurar refúgio noutro lugar, contudo, quem teve conhecimento do facto dele
estar vivo não o podia contar. Terá nascido assim a base para a ideia do “milagre” da Ressurreição e conseguinte
ascensão ao Céu (ideia acrescentada ao Evangelho muitos anos mais tarde, como já referido).
Há quem acredite
que Jesus ter-se-á deslocado para Camague, Sul de França, local para onde terá
ido Maria Madalena, sua esposa e os seus filhos. Acho pouco provável na
medida em que se tratava do centro do Império Romano, seu carrasco, e poderia descobri-lo. Acredito, porém, que terá seguido para Oriente, seguindo a rota
da seda ou das especiarias.
A sustentar esta minha ideia, está o facto de existir em Caxemira- Índia, uma tribo que se chama
Ben-e-Israel (Bene-Israel), que significa filhos de Israel e afirmam-se
descendentes das tribos perdidas de Israel. Lendas antigas contam que "O" pregador do século I, chamado “Issa”, conhecido por Jus Asaf, que significa
Líder dos Curados ou Curador, terá voltado àquela terra com cerca de trinta
anos. Contam ainda que lá viveu e morreu por volta do ano 80 d.C., tendo sido
enterrado em Srinagar, onde o primeiro edifício do seu túmulo foi construído no
ano 112 dc.. Reforça ainda a minha convicção o facto de São Tomé ter viajado para a Índia e lá ter fundado uma
igreja Cristã,
Como
se verifica,
seria mais fácil e menos perigoso para Jesus Cristo deslocar-se para Oriente,
além do
mais, existem grandes probabilidades de já ter passado pelo continente
indiano na
sua juventude, como já foi dito. O facto de São Tomé ter fundado uma
igreja na Índia revela que aquela parte do mundo fazia parte das rotas e
destinos do povo
de Israel. Por existir em Caxemira uma tradição relacionada com “Issa” e
túmulo
seu tão antigo (mais antigo que a Igreja Católica), também reforça a minha convicção.
Em suma, Jesus
terá nascido na Palestina como qualquer cidadão da época, terá viajado para a Índia
onde teve contacto com o Budismo, recebeu os seus ensinamentos e talvez tenha
aprendido medicina Ayurvédica. Talvez com a idade de vinte e nove anos terá regressado à sua terra natal (Judeia), onde pregou, curou os enfermos e enfureceu os romanos, tendo sido
condenado à morte por crucificação. Um conluio de vários simpatizantes terá
evitado O SEU FIM, havendo a possibilidade de ter estado em coma (natural ou
induzido). Ao regressar do coma, deu o mote para a tão famosa "Ressurreição Cristã",
tenha sido ela deliberada ou ocasional. Impossibilitado de circular pelo
Império Romano, terá rumado a Oriente, a lugares já seus conhecidos e onde terá terminado os seus dias.
Jesus espalhou as
suas ideias e ensinamentos durante os últimos anos de vida, contudo, foram os
seus discípulos que continuaram a sua “obra” que, com o passar dos séculos,
sobretudo com a conversão do Imperador Constantino e a criação da Igreja
Cristã (Católica), foram moldando os "factos" à sua maneira e interesse, sendo muito difícil,
hoje, separar a verdade da ficção/criação/invenção/adaptação.
A Igreja católica defendeu ferozmente ao longo dos séculos a ideia da RESSURREIÇÃO e combateu/matou/torturou quem se lhe opunha e dela duvidava, tendo para isso cometido as maiores atrocidades da História do Homem para manter essa farsa.
CN
(
Este texto é uma opinião pessoal do seu criador, não pretendendo ter qualquer valor e força histórica.
Foi baseado em vários documentários do Discovey Channel, pesquisas na internet e na opinião do seu autor).