domingo, 17 de novembro de 2013

Estratificação Social no Séc. XXI

(Imagem retirada via Google)

Já está distante a Idade Média mas, em pleno Séc. XXI, continua enraizada a ideia e vontade de estratificação social. Diariamente assisto a episódios de auto-promoção e auto-enaltecimento.

Na Idade Média as classes estavam bem definidas e, de cima para baixo, estavam distribuídas em Clero, Nobreza e Povo, todos "encabeçados" pelo REI. Era simples. Não interessavam as capacidades da pessoa- nascia no povo, não podia ser "Cavaleiro"; nascia nobre, não podia trabalhar na terra. Ponto.

Disse o poeta que "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". É um facto! Concordo MAS, há muita coisa que não muda! Esta vontade de estratificar a sociedade é algo que perdura.
Resultará, certamente, da necessidade de cada um se sentir superior ao "próximo". Esse sentimento humano de querer ser "maior", melhor, mais importante que o seu "par" torna imortal a estratificação social.

(Imagem retirada via Google)

Pessoalmente, não aceito uma sociedade em pirâmide, em que no topo está o "mais importante" e poderoso e na base estão os mais "vulgares" ou "menos importantes". Não aceito por várias razões. Não aceito e pronto! Até porque, se olharmos para uma pirâmide de estratos sociais, na base estão as classes sociais mais baixas MAS, são as bases e alicerces que seguram (sustentam) qualquer construção/ pirâmide, logo, SÃO os mais importantes. Certo?

Já agora, por curiosidade, SE quiséssemos, como  poderíamos estratificar esta sociedade moderna e prenhe de tecnologias? Dividi-la-íamos em:
Ricos, remediados e pobres? 
Polícias, traficantes e ladrões?
Cultos, esclarecidos e incultos?
Inteligentes, medianos e "burros"?
Honestos, assim-assim e corruptos?
Doutorados, ensino médio e analfabetos?
Empregados, desempregados e pensionistas?
Contribuintes, pouco contribuintes e "sanguessugas"?
Etc...
Obviamente que teríamos que ser rigorosos e justos para fazer essa estratificação mas, olhando para as diversas variáveis, não consigo imaginar um único conjunto para elaborar a tal pirâmide.
Vejamos: há ricos inteligentes e corruptos; há cultos pobres e desempregados; há doutorados corruptos e ricos; há contribuintes honestos e pobres; há.... muita gente!

Vejo a sociedade numa perspectiva horizontal, ninguém acima ou abaixo de outro. Cada um com a sua missão/função.
A nossa importância deve ser aquela que nos é atribuída pelos outros e NUNCA aquela que atribuímos a nós próprios! 


1 comentário:

KING SOLOMON disse...

Reli e... não conseguiria dizer melhor! :-)


Que bem q se está aqui.....

Foi obra!!! (as pirâmides)