sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O estado da Nação



É o tema do dia (dos dias); não há blogue, jornal ou TV que não fale sobre o assunto. Todos os dias ocorrem assaltos, tiros, homicídios e outros fenómenos do género- apelidados de “criminalidade violenta”. O país está à beira de um ataque de nervos.
Já tanto se falou que poderei cair na repetição, ainda assim, não posso deixar de passar para o “papel”, melhor dizendo, para o meu blogue, algumas considerações minhas sobre o assunto.

Erros sucessivos! A situação actual resulta de vários erros, praticados por diversas pessoas/entidades.
A meu ver, o primeiro grande golpe foi desferido no início dos anos 90 (do séc. XX) pela SIC (estação de TV) no seu malogrado programa “Casos de Polícia”, apresentado pelo meu homónimo.

Rude golpe para as forças de segurança! Foram enxovalhadas, tratadas como “os verdadeiros” criminosos. Nas reportagens exibidas era frequente ver os traficantes, ladrões e outros energúmenos de índole duvidosa a queixar-se dos maus tratos sofridos, alegadamente, às mãos das Polícias.

Vergonhoso!!! Não a actuação das Polícias, as reportagens em si. Pretendeu esta estação dar a voz às “vítimas” de abusos policiais, contudo, deu a voz a pessoas que eram criminosas.

Sem o saber e a receber informação errada, a opinião pública “insurgiu-se” contra as polícias; mais grave, a classe política tremeu. Tremeu tanto que, uns tempos depois, cada notícia que saía sobre alegados abusos policiais, aparecia o Ministro Alberto Costa a dizer que “os elementos serão punidos”.

Foi o início do “enfraquecimento” das Polícias. Ao ver o rumo das coisas, comentei várias vezes que, ao fim de dez anos, o país seria um Brasil em ponto pequeno. Infelizmente não errei muito.
Depois seguiram-se alterações à lei e a procedimentos que ditaram defenitivamente o futuro.
Várias políticas erradas se seguiram mas, a alteração mais recente ao CPP (Código de Processo Penal) desferiu o golpe fatal. A prova está à vista.

Eu gostaria de perguntar onde andam agora os “Louçãs”, onde estão os “Fernando Ka´s” e outros defensores de minorias que tanta propaganda fizeram contra as Polícias e tanto defenderam os “coitadinhos” dos “excluidos” da sociedade.
Deixo a seguir cópia de um comentário que deixei noutro blogue:

Este assunto é muito complexo e dá "pano para mangas".Não sou psicólogo ou sociólogo ainda assim interepreto os acontecimentos dos últimos anos da seguinte forma: factores sociais (dinheiro); políticas erradas e total sentimento de impunidade por parte dos prevaricadores, entenda-se- CRIMINOSOS.
Muitas actuações vistas hoje em Portugal são copiadas de outros países- EUA, Brasil, etc.. onde estes fenómenos já têm décadas.O ideia que gostaria de deixar neste comentário é a seguinte: Não temos que pagar qualquer preço pela nossa liberdade! (como por vezes se afirma) Ela é um direito nosso!É preciso ter coragem e dizer - BASTA! ao crime que vemos todos os dias.
No país do eterno dez milhões de habitantes, não se pode aceitar que a maioria esteja refém de uma minoria de alguns milhares; nem que sejam um milhão ou dois- ainda estão em minoria.Para viver em sociedade é fundamental seguir determinadas regras e condutas, de forma a não colidir com a liberdade dos outros. Ponto.Quem, dolosamente, decide enveredar por outros caminhos e atropelar a liberdade e vida alheias, tem que ser "parado".
Se as leis escritas e condutas morais não são respeitadas de livre vontade, que o sejam pela força. Essas pessoas não podem continuar a gozar dos direitos e liberdades da nossa sociedade.É preciso ter coragem para enfrentar este problema nacional! Portugal não pode querer equiparar-se aos números de presos e afins em relação aos países do resto da Europa do Norte porque as realidades são diferentes. Lá as pessoas (quase todas) são civilizadas e cumpridoras.
Veja-se que há países que colocam nas ruas cartazes de cartão com a foto de um polícia- e ninguém os destrói!!! Se a nossa realidade é bastante diferente, temos que ter procedimentos diferentes. Se for preciso prender centenas de pessoas, temos que o fazer. Se isto significa um elevado custo para o erário público, criem-se formas destas pessoas pagarem as despesas que causam.Não pode ser o justo e honesto a sair lesado por causa dos crimes praticados por outros.
Os criminosos só o conseguem ser porque os outros respeitam as regras. Se ninguém as respeitasse, o criminoso matava e logo a seguir seria morto; roubava e logo a seguir alguém o roubava a ele. etc...Pode ser impopular mas tem que ser dito. É muito triste ver pessoas a defenderem os criminosos e tratá-los de coitadinhos. Para mim, além de triste é inadmissível.
Em Portugal as pessoas não têm razões para enveredar pelo crime. Só o fazem porque querem. Há pessoas que passam fome e ainda assim não se tornam criminosas. etc.............”

- Prometo voltar a este assunto para dizer mais umas verdades!

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Que bem q se está aqui.....

Foi obra!!! (as pirâmides)