terça-feira, 19 de agosto de 2008

A vista da minha janela

Tanto se escreveu sobre este tema mas, o mundo tem tantas janelas e todas elas diferentes e também com diferentes vistas.

A minha janela.

Da minha janela, de um lado, consigo ver o rio azul-esverdeado ao fundo, com os seus barcos a navegar e as alvas gaivotas que os acompanham sulcam os céus, ao sabor da brisa, ora silenciosas, ora terrivelmente ruidosas.

No rio calmo, navegam grandes Cruzeiros, navios de mercadorias, dragas, iates de recreio com as velas desfraldadas, pequenos botes. Grande azáfama por trabalho ou lazer.

Vejo o céu azul claro, salpicado de pequenas nuvens quase transparentes, a ser tocado pelos imponentes pilares da Ponte. Os carros cruzam-na em ambas as direcções, criando um tracejado multicolor.

Do outro lado da janela, por detrás da Ponte, vejo uma mata densa e verde, no meio, alcanço as brancas cúpulas de uma Igreja ou Mosteiro, construido em tempos já idos.

Mais perto de mim, vejo um corropio de carros e pessoas que se deslocam apressadamente no emaranhado de ruas. Vão para o trabalho, voltam dele ou estão em lazer e apenas se deslocam para qualquer local.

De tempos a tempos, passa o eléctrico, tingido de amarelo canário e com o seu som característico mas suave, apinhado de turistas ávidos por conhecer a cidade.

Da minha janela, também ouço muitas coisas: o ruído da gaivotas, o chiar dos pneus no asfalto, as buzinas impacientes ou aflitas, o grito dos travões a ar dos veículos mais pesados, o som violento do combóio sobre os negros carris, as vozes das pessoas que passam... Tudo junto cria uma melodia, cansativa para quem não está habituado mas mais tolerável com o passar do tempo.

Da minha janela consigo cheirar o ar. Na maré cheia, sinto o agradável cheiro do mar, na maré baixa, um cheiro nauseabundo invade-me o nariz.

Da minha janela, vejo muito movimento, muita cor, muita vida.

Que bela que é a minha janela!

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Que bem q se está aqui.....

Foi obra!!! (as pirâmides)